A fusão dos núcleos de ossificação sedundária da coluna vertebral ocorre por volta dos 18 anos de idade. Antes que essa fusão ocorra, a epífise anular, ou anel apofisário é um ponto de fragilidade, sujeito a lesões por sobrecarga.
Essas lesões são tipicamente encontradas em atletas adolescentes e adultos jovens, causadas por microtraumas de repetição. Modalidades como a ginástica, que associam sobrecarga, impacto, movimentos repetidos e amplo arco de movimento, apresentam risco aumentado. Os corpos vertebrais de L4 e L5 são os locais mais acometidos.
Nos jovens, o disco possui um turgor aumentado, associado à hidratação e a presença de polissacáridos no núcleo pulposo. Assim, o núcleo passa a exercer uma força maior sobre o ânulo fibroso, podendo causar avulsão da placa terminal e desencadear uma hérnia de disco.
O quadro clínico é muito semelhante ao da hérnia de disco lombar, com sintomas de lombalgia ou dor irradiada para o membro inferior quando existe compressão neural.
O diagnóstico da lesão do anel apofisário é realizado com tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por mostrarem mais detalhadamente o fragmento avulsionado.
Geralmente o tratamento é realizado com medicação anti-inflamatória e analgésica, o uso de uma órtese lombar é opcional. O afastamento do atleta para cicatrização da lesão e fisioterapia, dura cerca de 12 semanas, com retorno progressivo a atividade esportiva após esse período.
O tratamento cirúrgico fica reservado aos casos que não respondem positivamente ao tratamento clínico ou que apresentam compressão importante de estruturas neurais.
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